segunda-feira, 25 de julho de 2011

O medo: o maior gigante da alma Fernando Teixeira Andrade


Oie amores, esse post aqui é de um texto do autor Fernando Teixeira que eu achei super interessante. Principalmente na fase que estamos vivendo, isto porque, a juventude e a adolescência são as fases mais contraditórias da vida do ser humano. É nesse período que você traça seu caminho, pois você não é mais uma criança, mas também ainda não é um adulto, e é nessa fase que todas as dúvidas do mundo se instauram em nossas cabeças. E aí, tchanran! O medo vem e se instala em nossas atitudes, nossos pensamentos, nossos sonhos, e fica muito mais difícil conquistar os alvos almejados. Por isso, trouxe esse texto para reflexão, para que nós possamos juntas perceber que às vezes é preciso ousar, mudar, porque a vida é dinâmica e não estática, sendo assim, precisamos estar sempre mudando e crescendo, alcançando a maturidade firmes e fortes.
 
Para quem tem medo, e a nada se atreve, tudo é ousado e perigoso. É o medo que esteriliza nossos abraços e cancela nossos afetos; que proíbe nossos beijos e nos coloca sempre do lado de cá do muro. Esse medo que se enraíza no coração do homem impede-o de ver o mundo que se descortina para além do muro, como se o novo fosse sempre uma cilada, e o desconhecido tivesse sempre uma armadilha a ameaçar nossa ilusão de segurança e certeza.

O medo, já dizia Mira Y Lopes, é o grande gigante da alma, é a mais forte e mais atávica das nossas emoções. Somos educados para o medo, para o não-ousar e, no entanto, os grandes saltos que demos, no tempo e no espaço, na ciência e na arte, na vida e no amor, foram transgressões, e somente a coragem lúdica pode trazer o novo, e a paisagem vasta que se descortina além dos muros que erguemos dentro e fora de nós mesmos.
E se Cristo não tivesse ousado saber-se o Messias Prometido? E se Galileu Galilei tivesse se acovardado, diante das evidências que hoje aceitamos naturalmente? E se Freud tivesse se acovardado diante das profundezas do inconsciente? E se Picasso não tivesse se atrevido a distorcer as formas e a olhar como quem tivesse mil olhos? "A mente apavora o que não é mesmo velho", canta o poeta, expressando o choque do novo, o estranhamento do desconhecido.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Busca

O que você acha da JCA?